Querer sentir-se amada (o) , a qualquer custo é uma sentença brutal, tendenciosa a aprisionar pessoas já  abandonadas por  si mesmas,  e que inutilmente cobra o auto-amor de sua vitima, como se delegar sua felicidade  fosse o antidoto ideal para resolver a total falta de si .... e assim, caminha gerando fantasmas de medo, inseguranças, ciúmes, inveja, acreditando que o outro tem que curar... gerando, um peso grande demais para ser suportado numa relação.

Às vezes, a ausência de si mesma, é tão preponderante, que você simplesmente sai de uma relação ou quase relação para outra , sem se dar conta das perdas e dores degustadas nesse caminho, e a cada fase segue abrindo mão de si , para tentar segurar esse “amor” ao seu lado, mas, a cada renuncia a conta aumenta e  o boleto a ser cobrado se torna mais caro, maior, e inevitavelmente , sem perceber num dado momento você joga toda sua “dedicação”  , como uma arma munida de suas razões, em meio a  um impasse numa discussão para controlar a manutenção dessa relação, e aqui, há uma agressão orgânica agravadora  numa envolvimento frágil,  não sustentável, e, como forma de sustentar , você até faz mais concessões e cada vez  maiores, para buscar garantir um lugar , que na verdade, voce nunca esteve realmente.

E voce segue , acostumando -se a viver as migalhas “das desculpas” :  quando ele tem tempo, quando ele quer, por ele  e a seu inteiro dispor, e seu perdimento de si mesma aprofunda-se negando a única coisa a ser feita: a construção de sua própria identidade, até que num dia recebe a notícia de uma foto dele ao lado de uma pessoa , numa cena de felicidade e reciprocidade, pessoa que voce passa a odiar , mesmo sem ter nenhuma informação real sobre ela.

Mas, de fato, quem voce se torna nesse contexto?

Quem  voce se permite ser para ter oq eu não se dá?

Após, tantos resultados de dor, abandono, solidão, angustia, frustações , pode ser momento de parar e compreender quais foram as ações repetidas falíveis? Faça um inventário de toda sua história e assista com curiosidade sem julgar o que foi bom ou mal... só contemplando... percebendo, como foi que voce construiu esse fenômeno afetivo “ amor”? e mesmo que seja um processo por demais sofrido, faça sua jornada , e se sentir-se despreparada , seja acompanhada por um profissional de desenvolvimento humano, competente para seguir ao lado, apreendendo quem esta voce, e quem voce decide SER.

Kathia Demiér

Soft Skil , Trainner em PNL,  consteladora , Palestrante